quinta-feira, 23 de agosto de 2012

DEVO TOMAR EMPRÉSTIMO?

UMA CONSULTA:



Boa Tarde Aldineide Rios!!!
 
Como vai???
 
 
Aqui é a xxxxxx    e gostaria de um auxilio, pois trabalho com vendas e está muito fraco, estou a dois meses sem renda nenhuma, e não vejo perspectiva de melhoras, meu esposo trabalha fixo mas sua renda está muito comprometida com alguns emprestimos na folha aproximadamente 40% do salario.
 
Temos limite de 02  bancos estourados, cartões de crédito em atraso e não estamos conseguindo pagar. o que fazer diante de uma situação destas. 
Estamos pensando em fazer um emprestimo para quitar estas dividas, consignando a casa, vamos fazer a coisa certa?
 
Aguardo retorno.
 
Abraço

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XXXXX, bom dia
 
 
Você vai pegar novo empréstimo para pagar como?????
 
Vai resolver o problema atual e levar mais dívida para frente.
 
Se você perdeu renda com vendas tente reverter a situação para melhorar as receitas, procure orientação profissional, talvez o sebrae possa lhe orientar nos negócios para daí resolver seu problema de dívidas.
 
Evite fazer novas dívidas pois as atuais já lhe esquentam a cabeça e piorar não é o melhor caminho.
 
Não se conforme com as complicações do mercado PARE, PENSE E VEJA O QUE PODE SER FEITO PARA ENTRAR MAIS RECEITAS.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

COMO AJUDAR ALGUÉM A SAIR DAS DÍVIDAS?






Gastar demais é realmente, em muitos casos, uma doença e como tal precisa de tratamento, tanto profissional quanto da família. Antes de qualquer coisa a pessoa tem que ter consciência que está doente, afinal ninguém vai ao médico se não tiver uma doença, assim é com a dívida.

Observe o comportamento da pessoa em outros aspectos da vida. Há outro sinal de carência? profissional, educacional, familiar, afetivo etc. Muitas vezes o motivo principal não está a vista, assim como um iceberg o que está submerso é muito maior. Se ela concordar, procure um especialista, um psicologo.

dicas:

- Evitar ele fazer compras, de forma sutil pra a pessoa não ficar constrangida ( é como alcolismo - evitar o primeiro gole);

- Sempre que for fazer compras levar uma lista e o dinheiro suficiente para as compras, sem sobra;

- Quando possível fazer compra acompanhado com quem conhece o problema pra tentar controlar o excesso;

- Evite passeio em shoping e outros centros de compras, fugir da tentação.

-Liste os compromissos da casa para a pessoa ter consciência do que é responsabilidade dela, deixe com ela o que você imaginar que ela vai honrar com mais rigor e controle seus impulsos em ajudar nas dívidas dela por mais duro que pareça assim você vai ajudar mais ela do que pagando as dívidas e compromissos pois ela manterá a mesma situação, é mais forte que ela. A pessoa não faz porque quer e sim porque não consegue controlar.

- Ajude-a a relacionar as dívidas existentes para planejar a liquidação.

- Coloque o nome da família ou dela no topo da lista e abra uma poupança em nome de uma pessoa de confiança para mensalmente depositar o equivalente a 5% (inicialmente) da renda dele (mesmo com dívida). Se não der para pagar todas mensalmente escolha as que vai ficar para depois, lembre-se de pagar primeiro as mais caras ou as que trazem maiores impactos, se já está sem pagar cartão e banco há mais de dois meses deixe essas para o fim e pague com o dinheiro que você está juntando na poupança, terá um ótimo desconto à vista daqui a alguns meses.

É MUITO IMPORTANTE QUE VOCÊ FAÇA A POUPANÇA, terá vários impactos, a comprovação que é possível guardar dinheiro (dinheiro-chama-dinheiro) e poder de negociação para liquidar dívidas com desconto à vista.
´Boa sorte e muita paciência e compreenção com a pessoa.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

PAGUE-SE PRIMEIRO PARA TER AS FINANÇAS EQUILIBRADAS




Quem estuda um pouco sobre finanças pessoais sabe que uma das recomendações mais repetidas pelos especialistas é: pague-se primeiro.

Se você pretende poupar 10% da sua renda mensal, a primeira coisa a fazer é - no dia em que você receber o dinheiro - transferir já esses 10% para sua aplicação. Antes mesmo de pagar as contas.

O motivo é que, quando você primeiro paga as contas e só aplica o que sobrar, raramente vai conseguir economizar o que objetiva.

Isso tem algumas consequencias, você deixa de se endividar ou corre atrás de outras formas de ganhar dinheiro e consegue poupar para poder criar um capital para um investimento futuro.

- Você não vinha pagando juros e sobrevivia?
- Então por que não faz sua reserva com disciplina?

LEMBRE-SE: Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar.

sábado, 18 de agosto de 2012

COMO NÃO CAIR NO ENDIVIDAMENTO




A vida muitas vezes prega peças assustadoras em nossas vidas, pessoas que sempre foram equilibradas financeiramente sofrem algum acidente de percurso e de repente se veem em situação de elevado endividamento. Para essas pessoas esse momento é muito mais dolorido do que para os devedores profissionais ou contumazes.

Para evitar que essa situação aconteça é preciso se preparar para as eventualidades da vida, faça uma reserva financeira para emergência, perda de emprego, acidente, doença ou qualquer outro motivo que lhe obrigue a gastar o que tem e o que não tem usando recursos de bancos.

Mensalmente PAGUE-SE PRIMEIRO, é isso mesmo, antes de começar a pagar as dívidas separe uma parte para sua reserva financeira, isso pode ser feito através de aplicação automática  no seu banco assim quando você for começar a pagar os outros sua parte já foi retirada. Normalmente nos ajustamos ao saldo da conta. Experimente...

Agora, quanto guardar por mês para emergência, quanto guardar mensalmente?

Esse valor vai depender de pessoa para pessoa, do padrão de gastos mensais, do padrão de risco que está exposto e vários outros valores.

Se você tem uma vida cheia de altos e baixos sua reserva tem que ser um pouco maior uns seis meses de despesas, mas se sua vida é tranquila a reserva pode ser menor, em média de três meses.

Faça essa reserva mesmo que você esteja endividado (parece loucura não é?). Faça a reserva sim! para evitar que outro atropelo leve você a desviar de seus objetivos que é liquidar todas as dívidas.

PAGUE-SE PRIMEIRO 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

É preciso aprender a viver nesse “novo Brasil” de crédito fácil!




Denise Estrella *

Os países desenvolvidos estão encontrando dificuldades no pagamento de seus compromissos financeiros, em honrar aquelas dívidas contraídas no passado e em contratar novas dívidas no curto prazo. O noticiário fala constantemente em crise na Grécia, na Espanha, na Itália e nos impactos que isso causará nos demais países da zona do Euro.

Afinal de contas, quem deve, tem que pagar. E se quem deve não paga, compromete a vida financeira de quem lhe emprestou dinheiro. E é por essa e outras razões (como retração no crescimento da produção mundial) que alguns economistas renomados acreditam que o mundo irá passar por momentos difíceis nos próximos anos.

Nesse contexto, como fica a percepção sobre o nosso país? O Brasil é visto pelo resto do mundo como um “país com boa capacidade de honrar suas dívidas”, gerando confiança para que investidores estrangeiros apliquem dinheiro aqui. Mas parece que a nível pessoal e familiar temos muito a aprender.

Como forma de impulsionar o crescimento econômico, as recentes medidas governamentais de estímulo à expansão do crédito, levou o brasileiro a reagir como esperado. Com o crédito mais fácil e barato, foi às compras e gastou além da sua capacidade de gerar renda.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada dia 24/julho pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas chegou a 57,6% em julho, significando alta pelo segundo mês consecutivo. A Peic indica que o nível de famílias inadimplentes (com dívidas e contas em atraso) recuou de 23,2%, em junho, para 21%, em julho. A pesquisa ouviu cerca de 18 mil consumidores em todas as capitais do país e considera como dívida: cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. O cartão de crédito é apontado por 72% das famílias endividadas como a principal dívida.

Comprar é muito bom, mas se você decidir pela compra financiada, avalie se aquela nova prestação cabe no seu bolso já cheio de prestações dos parcelamentos antigos. Analise o seu orçamento doméstico e veja se existem itens que podem ser reduzidos. Alguns talvez possam ser renegociados, aproveitando as ofertas dos concorrentes, tais como: internet, telefone e TV por assinatura.

É importante o Equilíbrio, pois, quem pede emprestado para consumir mais hoje, compromete sua renda e consumo amanhã. Um dia você terá que pagar esse empréstimo e os juros decorrentes desse empréstimo. Envolva sua família e decidam juntos pelo consumo consciente e sustentável!

 * Denise Estrella é economista e planejadora financeira pessoal e familiar


Texto publicado no Jornal Gazeta Niteroiense - www.gazetanit.com.br
Edição Nº 51 – Semana de 04 a 10 de agosto de 2012.