terça-feira, 13 de novembro de 2012

COMO INVESTIR EM AÇÕES?




Tempo é dinheiro. Independente do contexto, essa frase é
100% verdade.

Não existe nada mais decepcionante que perder tempo com algo inútil
ou que o retorno não compense esse tempo investido. E, muitas
vezes, é possível gastar menos tempo com algo e obter um retorno
parecido. Às vezes, até melhor.

O objetivo deste artigo é apresentar o conceito de investimento
passivo, mostrando como podemos lidar com nossos investimentos para
obter ótima rentabilidade sem precisar gastar horas analisando
ativos.

Investimento Passivo

Diferentemente do investimento ativo, onde o investidor precisa
passar horas analisando cada ativo para então escolher qual deve
comprar ou vender, no investimento passivo é necessário apenas
definir uma alocação de ativos e manter essa composição ao longo do
tempo.

O objetivo é reduzir os custos (taxas de corretagem, DOC e TED,
entre outros), pois não é necessário comprar e vender muitos
ativos. Reduzir também o stress, por não precisar acompanhar o
mercado diariamente (ou mesmo semanalmente). E, por fim, reduzir o
tempo de análise de investimentos.

Por que o Investimento Passivo?

Mais de 90% da variação do retorno de uma carteira de investimentos
no longo prazo é atribuída à forma como os ativos estão alocados.

Isso significa que o quanto você destina para cada investimento em
sua carteira, é 9 vezes mais importante do que quando você compra
determinado ativo e qual é esse ativo.

Além disso, 66% dos fundos ativos de ações no Brasil perdem para o
Ibovespa. Isso significa que 2/3 das pessoas que investem em fundos
de ações obtém rentabilidade menor do que um investidor que
simplesmente investe no ETF BOVA11 (o que é fundo de índice?).

Caso você não seja um trader profissional, por que então gastar
tanto tempo analisando os mais diversos ativos para investir se 2/3
das pessoas perdem para um mero fundo de índice e a alocação de
ativos é 9 vezes mais importante que o timing do investimento?

Alocação de Ativos: Carteira Recomendada

Para quem é um investidor conservador, mas ainda assim deseja expor
parte do capital em renda variável, na busca de melhores
rentabilidades, vou recomendar uma carteira que acredito ser bem
interessante.

O intuito é montar uma carteira balanceada, com poucos ativos,
fácil de investir e ainda assim diversificada.

Renda Fixa: Tesouro Direto

Para investir em Renda Fixa, minha sugestão são os títulos públicos.

Renda Variável: Fundos de Índice

Para renda variável, recomendo os fundos de índice.

Carteira Recomendada

Minha recomendação conservadora é investir 80% em Renda Fixa e 20%
em Renda Variável, divididos desta forma:

    40% - LFT;
    20% - LTN;
    20% - NTN-B Principal;
    10% - BOVA11;
    10% - SMAL11.

Balanceamento da Carteira

Depois de montar a carteira inicial, só é necessário rebalanceá-la
mensalmente, o que pode ser feito com os novos aportes. Invista de
forma a manter esse balanceamento.

Por que?

Pois você estará sempre comprando mais do ativo que tiver
desvalorizado (comprando barato) e vendendo os ativos que mais se
valorizaram (vendendo caro).

Conclusão

O investimento passivo permite que você gaste bem menos tempo para
montar e manter sua carteira e ainda assim obter ótima
rentabilidade.

E se considerar a diminuição nos custos, no stress e - principalmente -
no maior tempo "fora do mercado", pode ter certeza que vale a pena.

Para isso, basta adotar a estratégia de alocação de ativos, que
particularmente considero a de melhor custo-benefício, considerando
o risco e retorno.
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FONTE:POUPAR DINHEIRO 
ESCRITO POR:
Sobre Rafael Seabra
Rafael Seabra é educador financeiro, pós-graduado em Finanças pelo
Ibmec e autor do livro Como Investir Dinheiro.

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