segunda-feira, 14 de maio de 2012

A difícil arte de escolher.


De certa forma, todos nós fomos atropelados positivamente pelas mudanças ocorridas recentemente no mercado financeiro. O corte provocado pelo governo nas taxas de juros praticadas nos bancos oficiais alterou o patamar de negociação dos novos empréstimos e possibilitou a renegociação de algumas dívidas antigas, inclusive nos demais bancos. Além disso, as mudanças nas regras de remuneração da poupança abriram espaço para a taxa básica de juros (taxa SELIC) continuar caindo sem as limitações da lei que criou a poupança.

Diariamente fazemos várias escolhas quase que naturalmente: qual roupa vestir; qual caminho escolher para levar as crianças ao colégio ou para ir ao trabalho; o que fazer para o almoço ou em qual restaurante almoçar; e assim por diante. E as escolhas financeiras, onde ficam em sua vida? É complicado ou você nem pensa nisso? As escolhas de hoje definem a sua vida amanhã, esteja certo disso!

Portanto, se você está endividado, está na hora de reavaliar. Fazer algumas contas e se planejar para aproveitar a redução das taxas cobradas em seu banco e até mesmo verificar os juros cobrados em outros bancos. Porém, você pode não se enquadrar no perfil de quem pagará a taxa mínima divulgada nos comercias de TV e jornais. Em alguns casos, estes empréstimos em condições especiais exigem que o cliente tenha um relacionamento antigo com o banco, tenha dinheiro aplicado e títulos de capitalização e, por último, não tenha outras dívidas.

Caso você faça parte do seleto grupo dos que conseguem guardar um dinheirinho todo mês, você também terá que avaliar suas escolhas daqui pra frente. Você se pergunta: qual é o melhor produto de investimento? Mas a pergunta que deveria fazer é: qual é o produto de investimento melhor para o meu perfil de investidor?

Atualmente, os bancos são obrigados a disponibilizar um questionário chamado “Análise de Perfil de Investidor” (API) que busca identificar a situação financeira, a experiência em investimentos, a idade, os objetivos pessoais, os prazos das aplicações e o nível de aversão ao risco. A análise combinada desses dados gera a classificação básica do perfil de risco dos investidores: conservador (busca segurança em seus investimentos), moderado (aceita correr um pouco de risco para ter rendimentos acima da inflação) ou arrojado/agressivo (aceita correr mais risco no médio e longo prazo).

Depois de conhecer o seu perfil de risco como investidor, ainda é preciso avaliar outros aspectos importantes: o produto certo para o seu perfil, a tributação de cada aplicação, seu objetivo de investimento, a taxa de administração dos fundos, sua experiência em investimentos e o risco do investimento oferecido pelo seu banco. Boa semana!

Texto publicado na Coluna de Economia - Denise Estrella
Edição Nº 39 (semana de 12 a 18 de maio/2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br  

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