De certa forma, todos nós fomos atropelados positivamente
pelas mudanças ocorridas recentemente no mercado financeiro. O corte provocado
pelo governo nas taxas de juros praticadas nos bancos oficiais alterou o
patamar de negociação dos novos empréstimos e possibilitou a renegociação de
algumas dívidas antigas, inclusive nos demais bancos. Além disso, as mudanças nas regras de remuneração da
poupança abriram espaço
para a taxa básica de juros (taxa SELIC) continuar caindo sem as limitações da
lei que criou a poupança.
Diariamente fazemos várias escolhas quase que
naturalmente: qual roupa vestir; qual caminho escolher para levar as crianças ao colégio ou para ir ao
trabalho; o que fazer para o almoço ou em qual restaurante almoçar; e assim por
diante. E as escolhas financeiras, onde ficam em sua vida? É complicado ou você
nem pensa nisso? As escolhas de hoje definem a sua vida amanhã, esteja certo
disso!
Portanto, se você está endividado, está na hora de
reavaliar. Fazer algumas
contas e se planejar para aproveitar a redução das taxas cobradas em seu banco
e até mesmo verificar os juros cobrados em outros bancos. Porém, você pode não
se enquadrar no perfil de quem pagará a taxa mínima divulgada nos comercias de
TV e jornais. Em alguns casos, estes empréstimos em condições especiais exigem que
o cliente tenha um relacionamento antigo com o banco, tenha dinheiro aplicado e
títulos de capitalização e, por último, não tenha outras dívidas.
Caso você faça parte do seleto grupo dos que conseguem
guardar um dinheirinho todo mês, você também terá que avaliar suas escolhas
daqui pra frente. Você se
pergunta: qual é o melhor produto de investimento? Mas a pergunta que deveria fazer
é: qual é o produto de investimento melhor para o meu perfil de
investidor?
Atualmente, os bancos são obrigados a disponibilizar um
questionário chamado “Análise de Perfil de Investidor” (API) que busca
identificar a situação financeira, a experiência em investimentos, a idade, os objetivos
pessoais, os prazos das aplicações e o nível de aversão ao risco. A análise
combinada desses dados gera a classificação básica do perfil de risco dos
investidores: conservador (busca segurança em seus investimentos), moderado (aceita
correr um pouco de risco para ter rendimentos acima da inflação) ou
arrojado/agressivo (aceita correr mais risco no médio e longo prazo).
Depois de conhecer o seu perfil de risco como investidor,
ainda é preciso avaliar outros aspectos importantes: o produto certo para o seu
perfil, a tributação de cada aplicação, seu objetivo de investimento, a taxa de
administração dos fundos, sua experiência em investimentos e o risco do
investimento oferecido pelo seu banco. Boa semana!
Texto publicado na Coluna de Economia - Denise Estrella
Edição Nº 39 (semana de 12 a 18 de maio/2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br
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