Na hora de aplicar o dinheiro que sobra no fim do mês, a
escolha do brasileiro continua sendo a caderneta de poupança, disparada na
preferência popular. E faz todo sentido: trata-se de um produto de investimento
de fácil entendimento e acessível à população.
Além de ser um produto padronizado (igual em qualquer
banco), também garante ao poupador uma rentabilidade sobre o valor investido de
0,5% ao mês + variação da Taxa Referencial (TR), ou seja, pelo menos 6,17% ao ano.
A caderneta oferece a possibilidade de resgate a qualquer momento (a isso damos
o nome de liquidez), segurança, isenção de imposto de renda e é considerada um
investimento de baixo risco. É excelente para criar a disciplina do hábito de
poupar. Alguns bancos oferecem a poupança programada, aonde o indivíduo guarda
para o futuro e com regularidade: todo mês!
Com a redução da taxa de juros para 9% ao ano, a
caderneta voltou ao centro das atenções. À medida que a taxa de juros cai, a
poupança tende a ser mais atraente que os demais produtos vinculados à taxa de
juros. A rentabilidade da caderneta tem sido um pouco acima de 6,17% no ano. Um
Certificado de Depósito Bancário (CDB) oferecido pelos bancos, remunerando 90%
da atual taxa de 9% ao ano, geraria uma rentabilidade final de 6,89% ao ano. Se
a taxa de juros reduzir para 8% ao ano, este mesmo CDB engordaria o bolso do
investidor em 6,12% ao ano, abaixo da rentabilidade da poupança.
Cabe ressaltar que o
dinheiro da caderneta é, prioritariamente, destinado aos financiamentos
imobiliários e os recursos que entram no banco através dos CDBs são direcionados
para as ofertas de linhas de crédito (crédito pessoal, cheque especial, capital
de giro) e para a compra de títulos do governo.
Portanto, é necessário manter
a atratividade dos diversos produtos de investimentos para que o sistema
financeiro impulsione os vários setores. E as regras de remuneração da poupança precisam mudar para o Brasil avançar na direção dos
juros baixos. O ponto forte dessa discussão é manter a confiança dos
brasileiros na caderneta de poupança.
Texto publicado na Coluna de ECONOMIA - Denise Estrella
Edição 37 (28 de abril a 4 de maio/ 2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br
Edição 37 (28 de abril a 4 de maio/ 2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br
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