quarta-feira, 2 de maio de 2012

CADERNETA DE POUPANÇA: REGRAS DE REMUNERAÇÃO NOVAMENTE EM JOGO.


Na hora de aplicar o dinheiro que sobra no fim do mês, a escolha do brasileiro continua sendo a caderneta de poupança, disparada na preferência popular. E faz todo sentido: trata-se de um produto de investimento de fácil entendimento e acessível à população.  

Além de ser um produto padronizado (igual em qualquer banco), também garante ao poupador uma rentabilidade sobre o valor investido de 0,5% ao mês + variação da Taxa Referencial (TR), ou seja, pelo menos 6,17% ao ano. A caderneta oferece a possibilidade de resgate a qualquer momento (a isso damos o nome de liquidez), segurança, isenção de imposto de renda e é considerada um investimento de baixo risco. É excelente para criar a disciplina do hábito de poupar. Alguns bancos oferecem a poupança programada, aonde o indivíduo guarda para o futuro e com regularidade: todo mês!

Com a redução da taxa de juros para 9% ao ano, a caderneta voltou ao centro das atenções. À medida que a taxa de juros cai, a poupança tende a ser mais atraente que os demais produtos vinculados à taxa de juros. A rentabilidade da caderneta tem sido um pouco acima de 6,17% no ano. Um Certificado de Depósito Bancário (CDB) oferecido pelos bancos, remunerando 90% da atual taxa de 9% ao ano, geraria uma rentabilidade final de 6,89% ao ano. Se a taxa de juros reduzir para 8% ao ano, este mesmo CDB engordaria o bolso do investidor em 6,12% ao ano, abaixo da rentabilidade da poupança.

Cabe ressaltar que o dinheiro da caderneta é, prioritariamente, destinado aos financiamentos imobiliários e os recursos que entram no banco através dos CDBs são direcionados para as ofertas de linhas de crédito (crédito pessoal, cheque especial, capital de giro) e para a compra de títulos do governo.

Portanto, é necessário manter a atratividade dos diversos produtos de investimentos para que o sistema financeiro impulsione os vários setores. E as regras de remuneração da poupança precisam mudar para o Brasil avançar na direção dos juros baixos. O ponto forte dessa discussão é manter a confiança dos brasileiros na caderneta de poupança.

Texto publicado na Coluna de ECONOMIA - Denise Estrella
Edição 37 (28 de abril a 4 de maio/ 2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br

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