domingo, 6 de maio de 2012

MERCADO FINANCEIRO: Mudanças levam a reflexões.


Mudar a regra que mexe no bolso do investidor não é uma tarefa simples. E é complicado alterar um produto campeão, um dos investimentos mais utilizados pela maioria das pessoas que tem contas em bancos. Muito menos quando ainda se tem na memória recente a questão do confisco da poupança no período Collor.

A caderneta de poupança é um investimento tradicional, conservador e muito popular entre investidores de todos os níveis de renda.
A modificação nas regras de remuneração da caderneta de poupança passa a valer para novas cadernetas abertas e novos depósitos em poupanças antigas. Para esses casos, o cálculo da rentabilidade será baseado na taxa de juros básica da economia, medida pela taxa SELIC. Sempre que a taxa SELIC estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, os rendimentos dos novos depósitos passam a ser calculados com base em 70% dessa taxa SELIC mais a variação da TR. Importante: Os direitos adquiridos pelos antigos poupadores (100 milhões de contas de poupança) serão mantidos: remuneração de 0,5% ao mês mais a variação da TR, a qualquer nível da taxa SELIC.
Essas alterações levam a repensar nossas escolhas daqui para frente e é nesta hora que é preciso refletir sobre todos os aspectos da tomada de decisão de um investidor. Rentabilidade é importante? Claro! É o seu bolso. 
O noticiário divulgou o ranking com o desempenho das aplicações financeiras em abril/12. O ouro disparou em 1º lugar, engordando o bolso do investidor em 5,33% ao mês (am); o dólar comercial subiu 4,44% am; a média dos fundos de renda fixa valorizou 1,08% am; a média dos fundos multimercado subiu em torno de 1% am; a média dos fundos DI rendeu 0,72% am; a caderneta rendeu 0,52%, já líquida de impostos; e a bolsa caiu 4,17%.
Nada de inércia quando se trata do seu dinheiro, mas também nada de trocar de aplicação toda hora que for divulgado um novo ranking. Você precisa avaliar o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado), o imposto cobrado em cada produto, seus objetivos de investimento de curto, médio e longo prazo, a taxa de administração dos fundos de investimentos e, principalmente, o RISCO de cada produto oferecido na prateleira do banco.
-> Nem tudo é indicado para você.

Texto publicado na Coluna de ECONOMIA - Denise Estrella 
Edição 38 (5 a 11 de maio/ 2012) do Jornal Gazeta Niteroiense: www.gazetanit.com.br

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